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Governo procura opção para evitar a rejeição da MP da reoneração
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Haddad e Pacheco tem um encontro nesta segunda-feira (15) para debater propostas; presidente do Senado já disse que a MP não terá progresso na sua forma atual
- Por Camilla Ribeiro
- 14/01/2024 11h11 - Atualizado há 9 meses
O governo federal procura uma solução juntamente com o Congresso Nacional para impedir a devolução da Medida Provisória (MP) que propõe a folha de pagamento em vários setores da econômicos.
A Medida Provisória emitida pelo governo no final de 2023 resultou duras críticas do parlamento.
Maior parcela dos congressistas compreende que a medida é um desrespeito ao processo legislativo, visto que o Congresso tinha optado prorrogar a concessão dos beneficios fiscais.
Prevê-se que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenham um encontro nesta segunda-feira (15) para abordar o assunto.
Na semana passada, Pacheco comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que a MP não teria progresso no Congresso da forma que foi enviada.
Os líderes mais radicais do Congresso apoiam a devolução imediata da MP ao Executivo.
Entretanto, Pacheco, escolheu adiar qualquer decisão até após se reunir com Haddad.
Na avaliação de interlocutores mais ponderados, diminuiria a fissura na relação com o governo federal.
Caso a MP seja devolvida, parlamentares aguardam que o governo envie pelo menos dois projetos de lei ao Congresso, abordando temas sobre a compensação tributária a empresas e outro sobre ajuda ao setor de eventos.
Imposto de e-commerce
Pacheco e Haddad devem explorar alternativas para preservar a política de desoneração.
Uma proposta em consideração é a taxação de compras realizadas em sites do exterior, com foco de empresas chinesas de roupas, com montante inferior a US$ 50.
A possibilidade dessa tributação foi cogitado no ano passado pelo governo federal, porém não prosseguiu.
Parlamentares alegam que uma portaria já seria suficiente.
No entanto, é uma proposta impopular e os senadores questionam se o governo concordaria se responsabilizar sozinho com o custo político dela.